Brasil registra 1 milhão de focos de queimada em cinco anos

Dados apontam que o Brasil teve 1 milhão de focos de queimada entre 2020 e 2024, com destaque para 2024, devido a seca severa. Entenda os impactos.

Escrito por Redação
3 min de leitura

Dados recentes da plataforma Terrabrasilis, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revelam que o Brasil registrou 1 milhão de focos de queimada entre 2020 e 2024. O ano de 2024 foi o mais crítico, com um aumento acentuado devido a uma seca considerada excepcional pelo Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima (MMA). Este cenário alarmante levanta questões sobre as causas e possíveis soluções para conter o avanço dos incêndios.

Aumento significativo de queimadas em 2024

O ano de 2024 apresentou o maior número de focos de queimada, com uma concentração alarmante em cinco estados:

  • Pará: 200.685 focos
  • Mato Grosso: 171.534 focos
  • Amazonas: 97.885 focos
  • Maranhão: 97.124 focos
  • Tocantins: 61.137 focos

Esse crescimento é associado à expansão agrícola, especialmente para a produção de soja e pasto, além de estar ligado a práticas ilegais como grilagem e garimpo.

O impacto das áreas sem Cadastro Ambiental Rural

Outro ponto relevante observado em 2024 foi o aumento de incêndios em áreas sem Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Percentual de incêndios em áreas sem CAR:

  • 2020-2023: 20%
  • 2024: 29,2%

Esse aumento indica uma preocupação crescente com a degradação ambiental e a necessidade de um gerenciamento mais eficaz dessas áreas.

A resposta do governo e a nova política de manejo

Em resposta ao aumento das queimadas, o governo federal lançou a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que entrará em vigor em 2025. O objetivo é fortalecer a articulação entre União, estados, municípios, sociedade civil e organizações privadas. Além disso, foram alocados R$ 280 milhões do Fundo Amazônia e cerca de R$ 650 milhões do Orçamento federal para o combate a incêndios.

Desafios futuros e a necessidade de planejamento

Rodrigo Levkovicz, diretor executivo da Fundação Florestal de São Paulo, destaca a importância de um planejamento contínuo e adaptativo. Ele afirma que as condições climáticas atuais exigem uma reavaliação na forma como ocupamos a terra, além de melhorias nas estratégias de combate a incêndios.

O governo do Maranhão também está implementando um Plano de Ação para 2024-2027, focando no monitoramento ambiental e na preservação florestal. Mato Grosso, por sua vez, tem intensificado a aplicação de multas por uso irregular do fogo, além de ações de fiscalização.

A crise das queimadas no Brasil é um tema que exige atenção e ação imediata. As medidas tomadas agora poderão definir o futuro da conservação ambiental no país.

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