Preço do café arábica despenca 4% após recorde histórico

Os contratos futuros do café arábica caíram 4% após atingirem um novo recorde, enquanto cacau e açúcar sobem nos mercados.

Escrito por Redação
3 min de leitura

Os contratos futuros do café arábica enfrentaram uma queda significativa nesta terça-feira na bolsa ICE, mesmo após a marca impressionante de um novo recorde histórico.

O preço do café arábica fechou em baixa de 16,7 centavos, representando uma queda de 4%, fixando-se a US$ 4,044 por libra-peso. Essa movimentação ocorre em um momento em que os preços do cacau e do açúcar apresentam tendência de alta.

Queda nos preços do café arábica após recorde

Os contratos futuros do café arábica atingiram um pico impressionante de US$ 4,2995 no início das negociações, mas logo mostraram sinais de retração. A análise do Citi sugere que os preços do café podem ter alcançado seu teto, devido a uma diminuição na demanda e ao reabastecimento dos estoques. Os traders destacam que a recente escalada de preços resultou em uma liquidez reduzida, sugerindo que o mercado deverá permanecer volátil.

Fatores que influenciam a produção de café

Recentemente, uma previsão de queda na safra de café arábica do Brasil para 2025/26 foi divulgada pela corretora Hedgepoint, que ajustou sua estimativa de 42,6 milhões para 41,1 milhões de sacas. Esse ajuste deve-se ao clima quente e seco que afetou a produção em 2024, restringindo os suprimentos globais de café.

Além disso, o café robusta também apresentou uma leve queda de 0,6%, com preço de US$ 5.663 por tonelada métrica.

Altas nos preços do cacau e do açúcar

Enquanto isso, o mercado de cacau viu um aumento nos contratos futuros, que subiram US$ 424, ou 4,3%, fechando a US$ 10.302 por tonelada. Os produtores estão preocupados com a falta de chuvas na Costa do Marfim, principal produtor de cacau, o que pode atrasar o início da safra intermediária e resultar em escassez de grãos.

O açúcar também apresenta alta

Os contratos futuros do açúcar bruto não ficaram para trás, registrando um aumento de 0,37 centavo de dólar, ou 1,9%, atingindo 19,87 centavos por libra-peso. A Hedgepoint Global Markets prevê que a produção de açúcar do centro-sul do Brasil para 2025/26 pode chegar a 43,3 milhões de toneladas, o que representa um aumento significativo de 8,5% em relação à temporada anterior.

A Al Khaleej Sugar, de Dubai, também está operando com 70% de sua capacidade, refletindo uma tendência no setor de refinarias de açúcar do Oriente Médio que estão operando abaixo da capacidade total.

Essas movimentações no mercado de commodities agrícolas refletem a dinâmica complexa que envolve clima, demanda e produção. O cenário atual pode afetar diretamente o consumidor final, que deve ficar atento às mudanças de preços nos próximos meses.

Compartilhe este conteúdo
Escrito porRedação
Nosso time de redatores no Credited é formado por especialistas talentosos de diferentes áreas, dedicados a trazer conteúdo de qualidade e relevância para sua vida.
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *