Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, fez declarações polêmicas em uma coletiva de imprensa realizada em seu resort em Mar-a-Lago, na Flórida, na terça-feira (7). Durante o evento, Trump expressou sua intenção de utilizar a força econômica e, em casos extremos, a força militar para alcançar os objetivos de sua administração. Entre as suas metas estão a anexação do Canadá, o controle da Groenlândia e a reabertura do Canal do Panamá.
Trump e suas ambições expansionistas
Trump, que já havia tentado comprar a Groenlândia em seu primeiro mandato, voltou a enfatizar a importância estratégica da ilha e do canal panamenho para a segurança nacional dos Estados Unidos. Ele argumentou que, com as crescentes tensões globais, é essencial que os EUA tenham controle sobre essas áreas.
O futuro do Canal do Panamá
O Canal do Panamá, que foi administrado pelos EUA até 1999, é um ponto nevrálgico do comércio internacional, respondendo por quase 6% do tráfego marítimo mundial. Trump criticou as taxas cobradas pelo Panamá para a passagem de navios e alertou sobre a presença de influência chinesa nas proximidades.
Fatos rápidos sobre o Canal do Panamá:
- Inaugurado em 1914.
- Controlado pelos EUA até 1999.
- Vital para o comércio entre os oceanos Atlântico e Pacífico.
Trump declarou: “Se não seguirem os princípios que nos foram prometidos, exigiremos o retorno do Canal do Panamá”. O governo panamenho, por sua vez, reafirmou sua soberania sobre a região.
A Groenlândia e suas riquezas
A Groenlândia, por outro lado, continua sendo um território sob a Constituição dinamarquesa, mas possui um governo autônomo. Trump afirmou que a ilha é crucial para a segurança dos EUA, especialmente na vigilância de atividades militares russas e na exploração de recursos naturais.
Riquezas da Groenlândia:
- Potencial para petróleo e gás natural.
- Recursos minerais variados.
Em resposta às ameaças de Trump, autoridades dinamarquesas e groenlandesas reiteraram que a Groenlândia não está à venda.
A proposta de anexar o Canadá
Trump também abordou a relação com o Canadá, sugerindo que o país vizinho poderia se tornar o “51º estado” americano. Ele criticou os gastos dos EUA para proteger o Canadá e insinuou que uma fusão entre os dois países poderia ser benéfica.
Pontos levantados por Trump sobre o Canadá:
- Redução de tarifas comerciais.
- Segurança contra ameaças externas.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, respondeu à proposta de Trump, afirmando que o Canadá “jamais” se tornará parte dos Estados Unidos.
Mudanças no Golfo do México
Por fim, Trump anunciou sua intenção de renomear o Golfo do México para “Golfo da América”, alegando que a maior parte das operações na região é realizada pelos EUA. A proposta gerou questionamentos sobre o que isso significaria em termos de soberania e controle.
O que está em jogo no Golfo do México
Características do Golfo do México:
- Maior golfo do mundo, com rica biodiversidade.
- Importante área de pesca e rota comercial.
A deputada republicana Marjorie Taylor Greene já se manifestou a favor da mudança de nome, propondo um projeto de lei para oficializar a nova denominação.
As declarações de Trump levantaram uma série de questões sobre a política externa dos Estados Unidos e suas intenções em relação a países vizinhos. À medida que sua administração avança, o mundo observa atentamente as ações do novo presidente.