O governo brasileiro está em alerta após recentes mudanças na política de moderação de conteúdo anunciadas por Mark Zuckerberg, CEO da Meta. As novas diretrizes afetam diretamente as plataformas Facebook, Instagram e Threads, levando autoridades a temerem um aumento na disseminação de desinformação e conteúdos discriminatórios. Diante dessa situação, a Advocacia-Geral da União (AGU) notificou a empresa, exigindo esclarecimentos em um prazo de 72 horas.
O temor do governo brasileiro
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, expressou sua preocupação em relação às alterações. Segundo ele, a nova abordagem pode comprometer a segurança dos usuários e a integridade da informação nas redes sociais. “Essas mudanças impactam diretamente a sociedade brasileira, principalmente em relação a crianças e adolescentes, que podem ser expostos a conteúdos impróprios e perigosos”, afirmou.
Impacto na sociedade brasileira
Rui Costa destacou como essa questão pode afetar a sociedade em várias frentes:
- Aumento na exposição de crianças a conteúdos nocivos.
- Dificuldade em distinguir informações verdadeiras de falsas.
- Risco à segurança pública devido à disseminação de dados enganosos.
“Estamos falando de soberania nacional”, reiterou o ministro, enfatizando a importância de um controle rigoroso sobre o que é publicado nas redes sociais.
Notificação da AGU à Meta
A AGU, em resposta às preocupações do governo, enviou uma notificação extrajudicial à Meta na última quinta-feira (9). No documento, a agência solicita que a empresa explique quais medidas estão sendo implementadas para garantir a proteção contra:
- Violência de gênero.
- Abuso infantil.
- Racismo e homofobia.
- Discursos de ódio.
A Meta tem até a próxima segunda-feira (13) para apresentar suas respostas a essas questões.
Mudanças na moderação e suas implicações
A polêmica começou quando Zuckerberg anunciou que as plataformas da Meta adotariam um novo sistema de “notas da comunidade”, substituindo o processo de checagem de fatos. Esse sistema, semelhante ao que já existe no Twitter (agora chamado X), permite que os próprios usuários apontem e corrijam publicações potencialmente enganosas.
Essa mudança tem gerado desconfiança, pois sugere uma política de moderação menos rigorosa, o que poderia facilitar a propagação de informações falsas e discursos de ódio. Além disso, a possibilidade de que essa nova abordagem possa se alinhar com a política do ex-presidente Donald Trump, que assumirá o cargo novamente em janeiro, levanta ainda mais preocupações.
À medida que essa situação se desenrola, é evidente que o governo brasileiro está determinado a monitorar de perto as ações da Meta e garantir que a segurança e a integridade das redes sociais sejam preservadas, refletindo uma crescente preocupação global com a responsabilidade das plataformas em relação ao conteúdo que permitem.