O mercado cambial brasileiro iniciou a terça-feira com o dólar cotado a R$ 5,58, um leve acréscimo em relação ao fechamento da última segunda-feira, que registrou R$ 5,55. A trajetória recente da moeda americana tem demonstrado volatilidade, com valores flutuando entre R$ 5,50 e R$ 5,56 nos últimos dias, culminando no patamar atual.
Entretanto, o dia reservou um cenário mais complexo. O dólar encerrou a sessão com uma valorização expressiva, atingindo R$ 5,899 para a venda, representando um aumento de 0,5% em relação ao dia anterior. Essa movimentação foi influenciada por uma combinação de fatores externos e internos, que despertaram cautela entre os investidores.
A iminente sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, imposta pelo governo americano, liderado por Donald Trump, emergiu como um dos principais catalisadores da instabilidade. A medida, que sinaliza um potencial revés nas relações comerciais entre os dois países, injetou pessimismo no mercado, com receios de desvalorização do real e impactos negativos no emprego e em diversos setores da economia.
Além disso, a atenção se volta para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que definirá a taxa Selic, e para a aguardada decisão sobre juros nos Estados Unidos, acompanhada do comunicado do Federal Reserve (Fed). A China, por sua vez, manifestou interesse em fortalecer os laços econômicos com o Brasil, em um movimento que pode suavizar os efeitos das tensões comerciais com os EUA. A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) opera em baixa, refletindo o clima de incerteza e a apreensão em torno do “tarifaço” americano.