O mercado cambial brasileiro inicia o sábado, 9 de agosto de 2025, com o dólar cotado a R$ 5,43. A moeda americana, após uma semana de oscilações, demonstra uma trajetória de leve declínio frente ao real, como evidenciado pelas cotações dos últimos dias: R$ 5,54 (03/08), R$ 5,57 (04/08), R$ 5,50 (05/08), R$ 5,52 (06/08), R$ 5,47 (07/08) e R$ 5,45 (08/08). O valor de abertura de hoje, o mais baixo em mais de um mês, sugere um otimismo cauteloso entre os investidores.
O dia anterior, 8 de agosto, marcou o fechamento do dólar com uma ligeira alta de 0,25%, alcançando R$ 5,4361. Contudo, esse movimento não obscureceu a tendência de baixa observada na semana, com uma queda acumulada de 1,97%, e ainda mais expressiva nos primeiros seis pregões, totalizando 2,94%. Esse comportamento do mercado reflete uma confluência de fatores, desde ruídos políticos domésticos até expectativas em relação à política monetária nos Estados Unidos.
Entre os elementos que influenciaram o desempenho recente do dólar, destaca-se a especulação em torno do cenário político para 2026, com notícias sobre uma possível hesitação de Jair Bolsonaro em apoiar Tarcísio de Freitas para a presidência. Paralelamente, a diminuição das tensões comerciais, impulsionada por sinais do governo Lula de não taxar produtos americanos ou desafiar patentes, contribuiu para um ambiente de maior confiança. A indicação de Stephen Miram para o Federal Reserve também reverberou no mercado, fortalecendo a expectativa de cortes nas taxas de juros americanas.
O cenário geral aponta para um mercado financeiro brasileiro em recuperação, com a bolsa de valores retomando o patamar dos 136 mil pontos. A expectativa é que o comportamento do dólar continue a ser influenciado tanto pelo cenário global, especialmente pelas decisões de política monetária do Fed, quanto pelo ambiente político e econômico interno, demandando atenção constante dos investidores e analistas.