O governo brasileiro não resistiu às pressões dos montadores tradicionais e decidiu retomar a aplicação do imposto de importação para carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in. As alíquotas que subirão gradualmente até 2026.
A medida foi tomada pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) e visa desenvolver a cadeia automotiva nacional, acelerar o processo de descarbonização da frota brasileira e contribuir para o projeto de neoindustrialização do país.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, as taxas de imposto serão determinadas com base nos níveis de eletrificação e nos processos de produção de cada modelo, bem como na produção nacional.
Para os carros híbridos, a taxa de imposto inicia em 12% em janeiro de 2024 e aumenta para 35% em julho de 2026. No caso dos híbridos plug-in, a taxa será de 12% em janeiro, aumentando para 20% em julho, 28% em 2025 e finalmente 35% em 2026. Para os veículos elétricos, a taxa seguirá a sequência de 10%, 18%, 25% e 35%.
O presidente da ABVE, Ricardo Bastos, se manifestando lamentando a decisão. “Trata-se de uma medida que, no curto prazo, beneficia principalmente os veículos movidos a combustível fóssil e, no médio prazo, projeta uma sombra de insegurança sobre as empresas dispostas a investir na fabricação de veículos elétricos e híbridos no Brasil – e mesmo sobre aquelas que já anunciaram planos concretos de produção local”, disse Ricardo.