Um estudo premiado pela Capes e pela UFMG propõe uma alternativa de solvente sustentável para a indústria de química fina, que produz itens como perfumes, tintas e filtros solares. O trabalho é de autoria do pesquisador Fábio Godoy Delolo, do Programa de Pós-graduação em Química da UFMG.
O solvente verde é o anisol, uma substância biodegradável e de baixa toxicidade, que foi identificada em catálogos de empresas farmacêuticas. O anisol foi usado para produzir novos ingredientes de fragrância a partir de matérias-primas biorrenováveis, com o auxílio de catalisadores de cobalto, metais não nobres que aceleram as reações químicas.
O anisol mostrou ser um solvente eficiente e produtivo, que reduz os impactos ambientais causados pelo uso de solventes tóxicos e não renováveis, como o tolueno. O processo também gerou depósito de patente para a UFMG e interesse de uma empresa parceira para difundir a tecnologia no meio industrial.
O estudo foi orientado pela professora Elena Vitalievna Goussevskaia e coorientado pelos professores Eduardo Nicolau dos Santos, da UFMG, e Matthias Beller, do Leibniz Institute for Catalysis, na Alemanha.