A Conferência Nacional da Educação reuniu representantes de diversos setores educacionais para elaborar propostas visando à melhoria da educação brasileira nos próximos dez anos.
O documento final, a ser entregue ao ministro da Educação, Camilo Santana, destaca medidas abrangentes para reformar o sistema educacional.
Revogação do novo ensino médio e foco na integração curricular
Entre as principais propostas, destaca-se a revogação do novo ensino médio, aprovado em 2017, por ser considerado fragmentado e desarticulado da educação básica.
Além disso, a conferência propõe aumentar o investimento em educação para 10% do Produto Interno Bruto (PIB), visando atender à demanda de 74 milhões de pessoas que não concluíram essa etapa.
Outra medida essencial é a implementação da educação integral na rede pública, integrando espaços culturais e esportivos ao currículo escolar.
Valorização dos profissionais da educação e redução da contratação temporária
O documento também enfatiza a valorização dos profissionais da educação, com a redução da contratação de temporários e a efetividade do Fundeb.
Propõe-se ainda o aumento das matrículas na educação profissional, com a participação dos institutos federais e das escolas estaduais, e o combate às desigualdades de acesso e permanência na escola, especialmente para crianças e adolescentes de 4 a 17 anos.
Visão sistêmica da educação brasileira e expectativas futuras
Heleno Araújo, coordenador do Fórum Nacional da Educação (FNE), destaca que o documento busca uma visão sistêmica da educação brasileira, abrangendo desde a creche até a pós-graduação.
Ele espera que o governo federal apresente o projeto de lei do novo plano de educação até o final de março, para que o Congresso possa discutir e votar ainda no primeiro semestre.
Essas propostas representam um esforço conjunto para transformar o cenário educacional do país e garantir um futuro melhor para as gerações futuras.