O mercado de câmbio brasileiro abriu a quarta-feira, 23 de julho de 2025, com o dólar cotado a R$ 5,55, mantendo-se em linha com o fechamento do dia anterior. Apesar da aparente estabilidade inicial, a moeda americana tem demonstrado volatilidade nos últimos dias, com oscilações que refletem a incerteza do cenário econômico global e as tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos. As cotações recentes revelam um movimento lateral: R$ 5,56 em 17/07, R$ 5,54 em 18/07, R$ 5,59 entre 19/07 e 21/07, e R$ 5,55 em 22/07.
O foco do mercado permanece nas possíveis consequências das tarifas comerciais impostas pelo governo Trump e na resposta do governo brasileiro. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou a intenção de buscar uma solução negociada com os Estados Unidos, buscando mitigar os impactos negativos sobre a economia nacional. O dólar turismo, por sua vez, apresentou um leve recuo de 0,04%, sendo cotado a R$ 5,778.
Internamente, o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas trouxe um alívio ao mercado, com a reversão total do contingenciamento de R$ 20,7 bilhões e a liberação de R$ 20,6 bilhões do Orçamento deste ano. A previsão de déficit primário para 2025 também apresentou melhora, passando de R$ 31 bilhões para R$ 26,3 bilhões. Este cenário fiscal mais favorável pode contribuir para a sustentação do real, apesar das pressões externas.
Paralelamente, o Banco Central está investigando operações atípicas no mercado de câmbio detectadas no dia do anúncio das tarifas americanas. As movimentações, caracterizadas por volumes expressivos e alta velocidade, levantam suspeitas sobre o possível uso de robôs de alta frequência, acentuando a necessidade de monitoramento e regulamentação para garantir a integridade do mercado financeiro brasileiro. No fechamento do dia, o dólar apresentou leve alta de 0,04%, cotado a R$ 5,566.