O domingo, 27 de julho de 2025, amanheceu com o dólar cotado a R$ 5,56, refletindo um período de turbulência no mercado cambial brasileiro. Nas últimas sessões, a moeda americana apresentou flutuações, oscilando entre R$ 5,59 em 21 de julho e R$ 5,50 em 24 de julho, antes de estabilizar nos R$ 5,56. Este movimento é particularmente influenciado por crescentes tensões comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos, reacendidas pela possibilidade de novas tarifas impostas por Donald Trump sobre produtos brasileiros.
A alta do dólar, observada na sexta-feira, 25 de julho, quando fechou em R$ 5,561, com um aumento de R$ 0,041 (+0,75%), demonstra a sensibilidade do mercado às notícias vindas do exterior. A confirmação de um encontro entre a presidente da Comissão Europeia e Donald Trump, juntamente com a divulgação do IPCA-15, adicionaram volatilidade ao câmbio. No entanto, o fator de maior peso continua sendo a ameaça do “tarifaço”, com a possível taxação de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, o que gera grande apreensão nos setores do agronegócio e da indústria.
Diante desse cenário desafiador, o governo brasileiro tem se movimentado em diversas frentes. Uma comitiva de senadores viajou a Washington com o objetivo de atenuar o impacto do “tarifaço”, enquanto o governo busca diálogo direto com a Casa Branca, na esperança de evitar a implementação de novas sanções. Essas iniciativas visam acalmar o mercado e proteger a economia brasileira dos potenciais efeitos negativos das medidas protecionistas americanas.
Embora o Ibovespa tenha demonstrado resiliência, fechando a semana com alta de 0,11%, a incerteza cambial permanece como um ponto de atenção. As previsões de instituições financeiras, como o C6 Bank, que no início de julho projetava o dólar a R$ 5,50 até o final do ano, agora precisam ser revistas à luz do atual contexto. O cenário permanece dinâmico e sensível a novas informações, exigindo atenção constante por parte de investidores e do mercado em geral.
