Mamíferos da Mata Atlântica
A Mata Atlântica abriga uma diversidade impressionante de mamíferos, desde pequenos roedores até grandes predadores. Entre os mais emblemáticos, destaca-se a onça-pintada (Panthera onca), o maior felino das Américas, que desempenha um papel crucial no equilíbrio do ecossistema como predador de topo. Outros felinos importantes incluem a onça-parda (Puma concolor) e o gato-do-mato (Leopardus guttulus), cada um adaptado a diferentes nichos ecológicos.
Primatas também são abundantes, com diversas espécies de macacos, como o bugio (Alouatta guariba), conhecido por seus altos vocalizações, e o mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia), um símbolo da conservação da Mata Atlântica. Além deles, encontramos o mono-carvoeiro (Brachyteles arachnoides), um dos maiores primatas das Américas e criticamente ameaçado de extinção.
Outros mamíferos notáveis incluem a anta (Tapirus terrestris), o maior mamífero terrestre da América do Sul, essencial para a dispersão de sementes, o tatu-canastra (Priodontes maximus), o maior tatu do mundo, e diversas espécies de gambás e preás.
Aves da Mata Atlântica
A avifauna da Mata Atlântica é extraordinariamente rica, com centenas de espécies catalogadas. Muitas dessas aves são endêmicas, ou seja, só são encontradas nesse bioma. Entre as aves mais icônicas, podemos citar o arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), uma espécie ameaçada que depende de áreas de caatinga dentro da Mata Atlântica, e o tucano-de-bico-preto (Ramphastos vitellinus), facilmente reconhecido por seu grande bico colorido.
Outras aves importantes incluem o beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura), conhecido por sua longa cauda bifurcada, o araponga (Procnias nudicollis), famoso por seu canto alto e metálico, e diversas espécies de sanhaços, saíras e tiês, que contribuem para a dispersão de sementes e o controle de populações de insetos.
A Mata Atlântica também abriga uma grande variedade de aves de rapina, como o gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus) e o falcão-de-coleira (Falco femoralis), que desempenham um papel importante no controle de populações de outros animais.
Répteis e Anfíbios da Mata Atlântica
A Mata Atlântica é um hotspot de biodiversidade para répteis e anfíbios. As cobras são representadas por diversas espécies, incluindo a jararaca (Bothrops jararaca), uma serpente venenosa comum, e a cobra-cipó (Chironius bicarinatus), uma serpente ágil e não venenosa. Entre os lagartos, destacam-se o teiú (Salvator merianae), um grande lagarto onívoro, e diversas espécies de calangos e lagartixas.
Os anfíbios são particularmente diversos na Mata Atlântica, com inúmeras espécies de sapos, rãs e pererecas. Muitas dessas espécies são endêmicas e altamente especializadas, como a perereca-dourada (Bokermannohyla ibitipoca), encontrada apenas em áreas restritas de altitude. A destruição do habitat e a poluição representam sérias ameaças para esses animais.
Tartarugas também estão presentes, como a cágado-pescoço-de-cobra (Hydromedusa maximiliani), que habita riachos e lagoas.
Invertebrados da Mata Atlântica
A fauna de invertebrados da Mata Atlântica é vasta e ainda pouco conhecida. Insetos, como borboletas, besouros, formigas e abelhas, desempenham papéis cruciais na polinização, decomposição e ciclagem de nutrientes. A diversidade de borboletas, em particular, é impressionante, com centenas de espécies coloridas e variadas.
Outros invertebrados importantes incluem aranhas, escorpiões, carrapatos e ácaros, que desempenham papéis importantes na cadeia alimentar e no controle de populações de outros organismos. A Mata Atlântica também abriga uma grande variedade de moluscos, como caramujos e lesmas, que contribuem para a decomposição da matéria orgânica.
A conservação da Mata Atlântica é fundamental para proteger essa rica diversidade de invertebrados, que desempenham papéis essenciais no funcionamento do ecossistema.